Quinze dias na terra da batata e da cerveja barata. Nada poderia ser mais intenso que os últimos dias no Brasil antes de vir para cá e nada poderia ser mais surpreendente do que tudo
que encontrei, estou vivendo, vendo.

Chegar aqui já foi uma aventura: 8 horas de vôo entre Recife e Lisboa, 5 horas esperando. Mais 3h30 de vôo para Frankfurt, mais duas horas esperando e, finalmente, 1h20 nas asas da Lufthansa
entre Frankfurt e meu destino final, Hamburg.
Na chegada, 5° graus para me recepcionar sem roupa de frio e já fui apresentado a pizza típica alemã, a Flammkuchen. Basicamente, é uma massa de pizza muito fina, mas não muito crocante, com
recheio de sour cream e ervas, além de cebolas, azeitonas e presunto fatiado. Não leva molho de tomate, mas alguns sabores contam com queijo mozzarella. O formato também surpreende: Quadrado.
É boa, não nego, mas ainda fico com uma boa pizza de cantina italiana no Brasil.


Depois disso, o que se seguiu foi uma semana intensa de trabalho. Muitas pessoas novas, compromissos, reuniões e aqui fica o grande destaque da experiência alemã até agora: Ao contrário do
que esperava e do que todos falavam, só encontrei pessoas incríveis no meu caminho. Seja no trabalho, no supermercado, no meu prédio, no meio da rua, do metrô ou de qualquer parque da cidade,
as pessoas foram cordiais, amistosas, solícitas e extremamente interessadas em me receber, me proporcionar momentos incríveis e saber minha opinião sobre eles e sobre a cidade.
A recepção é tão boa que me peguei conhecendo um típico alemão, bem mais velho que eu, numa balada de rock pesado às 4 da manhã e conversando alegremente sobre política na União Européia. Eu
não sei como foram as experiências das pessoas que reclamam daqui, mas desde cedo aprendi que um sorriso e ser cordial abre portas em qualquer lugar do mundo. Um bom dia animado e um boa
noite sincero muitas vezes é o que basta para derrubar barreiras culturais e linguísticas tão grandes.
Depois disso, turistar, é claro. A cidade é linda, rodeada de rios, tem o segundo maior porto do mundo e mais de 2.500 pontes, que deixam todas as esquinas com um charme especial.


A viagem na Alemanha está só começando e irei falar de cada ponto importante num post
individual, mas a certeza que fica é que não serão só as cervejas incríveis por € 0,85 centavos que ficarão na memória quando eu voltar. Cada sensação, mesmo que fria (-15° enquanto escrevo
isto), será intensamente vivida e recordada.
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